O ex-governador Ricardo Coutinho (PSB), que foi preso durante a sétima fase da Operação Calvário denominada de juízo final, mas que terminou solto graças a uma decisão controversa do ministro Napoleão Maia, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), contrariando parecer em contrário da Procuradoria Geral da República (PGR), em entrevista ao site ‘lulopetista’ Brasil 247, comparou sua situação a do ex-presidente Lula, condenado e preso por corrupção e respondendo outros cinco processos de igual gênero e sugeriu ser vítima de um conluio armado pelo Ministério Público e Judiciário para “assassinar sua reputação”.
A respeito da possibilidade de se tornar inelegível ou ser preso como Lula, o ex-gestor – que à época ainda não havia sido detido e hoje está em liberdade por força de Habeas Corpus – afirmou que a Operação tem como foco a Cruz Vermelha do Rio Grande do Sul que atuava no Rio de Janeiro e outros estados, incluindo a Paraíba. Ele alegou que há um conluio para tentar assassinar sua reputação, assim como a do ex-presidente.
“O hospital passou por uma grande transformação e tem um custo mensal de R$ 12 milhões abaixo da média dos hospitais idênticos no país. Já fiz essa pergunta várias vezes e ninguém conseguiu identificar onde o estado perde. Se há um pagamento superfaturado e me parece que alguns pagamentos eleitorais foram feitos com contribuição da Cruz Vermelha, mas não tive acesso aos autos”, disse.
Ricardo reclamou que há uma tentativa de assassinar reputação, dando como exemplo sua viagem à Espanha, que foi acusado de estar fugindo do país, ou ainda de blogs o acusando de ter se aposentado da Universidade sem nunca ter trabalhado.
“Há um cerco que o Brasil já conhece e sabe no que deu: inviabilização da economia do país, desmoralização das empresas, criminalização da política, má governança, ascensão de pessoas que não foram eleitas para o cargo. E nessa onda de ódio que estamos atravessando, há uma rede de desinformação que tenta atacar e me atacar”, disse.
Para Ricardo, a função do Ministério Público é investigar, mas não pode fazer vazamento seletivo, nem ter direcionamento para um setor político. Além disso, ele destacou que é preciso separar o que é eleitoral para ser levado ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
O ex-governador acrescentou ainda que não respondia a nenhuma acusação (à época) e que seu patrimônio é compatível com sua renda. “Se eu me agarrasse ao poder não teria sido candidato”, disse.
“O bom senso e respeito irão prevalecer. Não se pode acusar sem provas, fazer um conluio para tentar assassinar reputações, é preciso que as vozes democráticas se levantem para barrar esse atrevimento antidemocrático”, comentou.
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