A avaliação das escolas municipais de João Pessoa realizada pelo vereador Raoni Mendes (DEM), através do projeto ‘Raio X das Escolas’, tem verificado problemas que são contrários a divulgação da Prefeitura do Município de que há melhorias na Educação da Capital. O prefeito Luciano Cartaxo (PSD) defendeu o investimento de qualidade no ensino público e divulgou que tem adotado um novo padrão na Educação. Porém, depois de ter visitado mais de 50 unidades municipais, Raoni afirma que a gestão tenta esconder problemas que vão desde a falta de materiais até a falta de saneamento em alguns locais.
A última fiscalização realizada pela equipe do vereador na Escola Ministro José Américo de Almeida, foi constatado que, apesar da “reforma” feita há pouco tempo, há insalubridade, pois tem uma fossa aberta ao lado da cozinha onde é feita a merenda escolar, falta a revisão nas instalações elétricas, além da manutenção de banheiros e do ginásio de esporte. Em outras unidades, ainda têm alunos que não receberam fardamento, nem material escolar. As péssimas condições são motivos de constantes denúncias feitas por funcionários e estudantes, de acordo com o parlamentar.
“Não existe esse novo padrão de educação anunciado pelo prefeito. Pois, não há fardamento em dia, não temos kit escolar e o que vemos são problemas graves de manutenção que vai da troca de lampadas a falta de ventiladores. Novo padrão não pode ser apenas pintar um prédio de uma escola e colocar um ar-condicionado. Tem faltado o básico como papel, material de higiene e limpeza, lápis, entre outros. Percebemos um retrocesso ao invés de melhorias em praticamente todas as escolas”, ressaltou Raoni Mendes.
O relatório é entregue a Secretaria de Educação com cópia ao Ministério Público Estadual (MPPB) para avaliar as condições das escolas em João Pessoa. O parlamentar mapeou as condições gerais do ensino municipal e , agora, aguarda a investigação do MPPB. A equipe analisou que a maioria das instituições também não oferece estrutura para pessoas com deficiência. “São inúmeras as dificuldades, que incluem também as salas de informática com computadores que não funcionam” explicou o vereador.
PBagora
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