Vereadora que faz oposição a prefeito acusado de agredir ex-companheira apresenta projeto que proíbe exercício de cargo público por autores de violência contra mulher
Na cidade administrada por um prefeito acusado de agredir uma ex-companheira tem chamado muito a atenção um projeto de lei que está tramitando junto às comissões permanentes do poder legislativo da cidade. De autoria da única parlamentar mulher na Câmara Municipal de Sousa, a vereadora Bruna Veras (PROS), o projeto propõe a proibição do exercício, emprego, função pública e recebimento de incentivos municipais por pessoas condenadas por violência domestica e familiar contra a mulher.
A discussão ainda não chegou ao plenário, uma vez que o projeto ainda não recebeu os pareceres das comissões, mas deverá ser apreciado já nas próximas sessões. Matéria semelhante a essa foi aprovada na cidade de Vierópolis, onde quem comanda o poder legislativo é uma mulher, no caso a vereadora Luzia Andrade.
De acordo com a vereadora Bruna Veras, a iniciativa está em consonância com os anseios da sociedade brasileira e visa “combater os autores de atos covardes e crimes repugnantes contra as mulheres, evitando que os mesmos venham a ocupar cargos públicos”.
Bruna Veras faz oposição ao prefeito de Sousa, Fábio Tyrone, que protagonizou um episódio lamentável no qual foi acusado de agredir a advogada Myriam Gadelha, sua ex-companheira. “Me deu muitos socos. A partir do carro que a gente voltava da festa ele já puxou meu brinco, deu um tapa na minha cara, como estava no carro fiquei com medo. Ele me trancou dentro do carro, ele me empurrou, me jogou no chão e me chutou muito, e todas as vezes que eu tentava me levantar ele me jogava no chão. Em São Paulo a gente foi a um casamento e ele me puxou com força pela mão e me empurrou e pegou no meu pescoço Mas ele bebe muito e no dia seguinte me convenceu que isso tinha sido porque tinha bebido”, contou Myriam à época do fato, ocorrido em abril do ano passado.
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