A 73ª fase da Operação Lava Jato Polícia Federal, denominada ‘OMBRO A OMBRO’, deflagrada pela Polícia Federal, em cooperação com o Ministério Público Federal e que cumpre nesta terça-feira 25) 15 mandados de busca e apreensão em Brasília, Cabedelo, Campina Grande e João Pessoa mira a campanha eleitoral do MDB de 2014 e o atual ministro do Tribunal de Contas da União, Vital do Rego Filho, ex-senador da República e candidato derrotado ao Governo do Estado naquele ano.
Segundo as investigações do Ministério Público Federal, no âmbito da Operação Lava Jato, o ex-senador paraibano “enquanto presidente das CPI do senado e da CPMI, teria solicitado vantagens indevidas para deixar de incluir Léo Pinheiro, da OAS, entre os investigados pela CPMI, bem como que houve o recebimento de valores por pessoas interpostas em seu nome.
De acordo o despacho que autorizou a operação Ombro a Ombro, o executivo da OAS, Leo Pinheiro, detalhou que teria pago R$ 2,5 milhões de vantagem indevidas a Vital do Rêgo da seguinte forma:
a) doação ao Diretório Nacional do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB);
b) repasses à Construtora Planície Ltda.;
c) repasses à empresa Câmara & Vasconcelos.
Vitalzinho não é alvo da Operação Ombro a Ombro, deflagrada neste terça-feira (25) na Paraíba. O ministro, porém, teve bens bloqueados.
A Justiça determinou o bloqueio de R$ 4 milhões de
1) VITAL DO RÊGO FILHO
2) ALEX ANTÔNIO AZEVEDO CRUZ
3) DIMITRI CHAVES GOMES LUNA
4) FÁBIO MAGNO DE ARAÚJO FERNANDES
5) SANDRO MACIEL FERNANDES
6) CONSTRUTORA PLANÍCIE LTDA
Buscas no Gabinete do ministro
Os procuradores chegaram a pedir buscas no gabinete de Vital do Rêgo no TCU, mas desistiram dessa ação após decisões recentes do Supremo Tribunal Federal (STF) que barraram operações contra autoridades com foro privilegiado, ainda que fossem fatos anteriores ao atual mandato. “O Ministério Público Federal requereu a suspensão do cumprimento do mandado constante no evento 20.4, direcionado à estação de trabalho ocupada por Alexandre Almeida no gabinete de Vital do Rego no Tribunal de Contas da União”, apontou a juíza federal Gabriela Hardt.
A operação busca provas do pagamentos da empreiteira OAS para o ministro do TCU, sob suspeita de que, ainda no cargo de senador, Vital do Rêgo pediu propina para enterrar a CPI da Petrobras no Senado, em 2014. Vital era o presidente da CPI.
As vantagens indevidas, segundo a PF, foram pagas por uma empreiteira por meio de doações ao MDB e por repasses a empresas sediadas na Paraíba.
Ainda de acordo com a PF, os pagamentos feitos pela empreiteira a tais empresas foram justificados em contratos fictícios ou superfaturados, e os valores respectivos seriam sacados pelos representantes das empresas e entregues em espécie a intermediários do investigado.
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